Centro de Convivências Ruth de Sá
Nesta quinta feira (28) a Rádio Cidade encerrou a série de entrevistas em relação à "Semana do Excepcional", com Maria Carolina Diêgoli Ildbrand, coordenadora do Centro de Convivências Ruth de Sá, "a última criação da APAE de Brusque", diz o primeiro voluntário apaeano de Santa Catarina, o empresário Márcio Belli.
O Centro iniciou as atividades em fevereiro de 2001. O objetivo maior é atender aos portadores de deficiência mental associadas a outras carências físicas, auditivas ou visuais, entre outras. A clientela tem idade igual ou superior a 21 anos. Todos recebem orientações sobre qualidade de vida, como bons hábitos alimentares, higiene, atividades físicas e artesanais, além de muito lazer.
Funcionando em uma chácara no município de Guabiruba, o Centro Ruth de Sá atende 31 pessoas das 7 horas às 17h30min. Os trabalhos são desenvolvidos por oito colaboradores diários e mais alguns profissionais, em áreas específicas, que se dedicam alguns dias da semana a atender os alunos.
Em 2009, o Centro será transferido para uma sede própria junto ao Instituto Santa Inês, no bairro Maluche, visando atender a um número maior de pessoas. O Centro de Convivência Ruth de Sá é mantido pela Apae brusquense, a segunda associação do gênero a ser instalada no Brasil e a primeira em Santa Catarina.
A manutenção dos serviços e dos profissionais é feita por meio de doações voluntárias, repasses da Lei Júlio Garcia e pela renda obtida em eventos promovidos pela entidade. Além do centro, a Apae brusquense mantêm ainda a Clínica Integrada Uni-Duni-Tê e o Instituto Santa Inês.
A Semana: "Defender os direitos humanos é valorizar a diversidade e promover a dignidade" foi o tema da Semana do Excepcional promovida pela Federação Nacional das APAEs.
A Rádio Cidade promoveu as entrevistas com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a população em relação aos direitos das pessoas portadoras das necessidades especiais e a sua efetiva inserção no contexto social, cultural, educacional e político.
Na Clínica Integrada Uni-Duni-Tê, criada em setembro 1991, o objetivo é atender a necessidade da comunidade na prevenção, acompanhamento, intervenção e estimulação voltada ao desenvolvimento infantil. É nesta fase que se percebe possíveis atrasos nos primeiros anos de vida das crianças de 0 a 3 anos e 11 meses.
É também nesta idade onde há as principais aquisições de desenvolvimento do andar, falar, brincar, descobrir e imaginar, além das questões fundamentais para o ler e escrever.
Na clínica também são desenvolvidos programas de prevenção como o Teste do Pezinho - que detecta doenças que possam interferir e gerar uma deficiência mental ou levar a óbito, e o Teste da Orelhinha - que detecta alteração na audição, antecipando tratamento para que não prejudique a comunicação da criança e seu desenvolvimento. Nestes testes é realizado o atendimento médio de 150 crianças, mensalmente.
O Programa de Estimulação Essencial é o que acompanha a criança para se traçar um perfil de desenvolvimento e orientação aos pais. Atualmente estão matriculadas 71 crianças, que freqüentam a Clínica duas vezes semanais, com a participação da mãe, atendimentos de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.
O Programa de Acompanhamento ao Desenvolvimento Infantil, direcionado a toda a comunidade, acompanha e garante um desenvolvimento adequado à criança. Esta unidade é mantida pela Apae em parceria com os governos estadual e municipal. Ele atende a 95% de todos os nascimentos de Brusque, Guabiruba e Botuverá, recebendo auxílio de voluntários e pessoas que colaboram financeiramente para realização deste e dos demais programas.


